Thursday, December 29, 2011



"Eu até que queria ser aquela menina certinha, que não fala palavrões, que dorme cedo e vai pra casa no final da festa em cima do salto alto sem tropeçar. Mas não, eu sempre tenho que gritar aos quatro cantos do universo aquele palavrão horrendo quando algo não dá certo, sempre vou embora descalça das festas e nunca consigo manter um relacionamento longo, devido ao meu gênio difícil e indomável.
Juro que na infância eu tentava gostar de rosa, boneca e brincar de casinha, mas não, como menina diferente que sou, sempre preferi brincar de futebol e carrinho. Os meninos sempre me viam e vêem como um de seus "manos", nunca fui como as outras e quando cresci, continuei não sendo. Manti minha originalidade.
As pessoas vivem querendo me controlar, dizendo o que eu devo ou não fazer, mas ninguém entende, que não se pode mudar ma pessoa que nasceu pra ser livre e solta. Nunca fui leve, sempre fui pesada, triste, carrancuda, estressada... porém ligeiramente bem humorada. Sempre fui de ter uma opinião forte sobre as coisas, quase sempre elas eram contrárias as demais e nunca agradavam as pessoas que estavam comigo, mas eu nunca consegui mudar ou fazer algo que eu acreditasse não ser certo.
Sempre pedi coisas simples, mas como que coisas simples acontecem com pessoas tão anormais? Sempre reclamei dos meus problemas, considerando eles difíceis demais pra minha idade, mas hoje compreendo, que Deus dá problemas conforme a nossa força para que possamos fazer deles, experiência, e eu sempre fui forte.
Mas apesar de todos esses defeitos (qualidades) eu sou e sempre serei, sozinha. Do meu jeito irônico e patético, sou só e não sei se acho isso ruim. E por mais que eu diga que não, eu ainda quero e peço, alguém que goste desse meu jeito maluco, sem querer me mudar, sem dizer o quão esquisito e difícil ele é. E tem uma coisa maravilhosa ao meu respeito: gente falsa não suporta ficar ao meu lado."

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