"Eu e você nunca fomos aquele casalzinho convencional. Desses que ficam em alguma esquininha ou que saem aos fins de semana para tomar sorvete, com nós não tinha nada disso. Éramos, diferentes, disso ninguém nunca duvidou.
Por mais que o mundo achasse que tudo aquilo era uma amizade mal interpretada, nós dois sabíamos que não, a gente sempre soube que aquilo poderia ser confuso, desajeitado e bobo... mas era amor, isso era viu.
Porque a gente era do nosso jeito sabe, agente se amava, falava coisinhas bobas, mas era da nossa maneira. Eu gostava especialmente de quando você me abraçava forte pela cintura e me chamava de "minha" com tanta sinceridade.
Por muitas vezes nós brigávamos sério, eu dizia que te odiava e você me chamava de mimada. Mas no fim você vinha com cara de abandonado e fazia tudo ficar bem.
Ás vezes penso que o que sentimos um pelo outro acabou de vez, que já não tem solução. Por outras vezes, desconfio que ainda existe uma pontinha de amor dentro de mim e de você, esperando apenas um de nós puxar.
Não sei, só sei que o que sinto até hoje, não pode ser apelidado de outra coisa além de amor."

Isabela Teodoro