"Eu vivo relembrando você. Repito os nossos primeiros diálogos sempre que a saudade de você começa a me machucar pra valer. A noite, quando a cidade se cala e as luzes se apagam, eu sento na varanda de casa, e oro silenciosamente por você, quase como um suplicio. Peço ao meu Deus, que cuide de você e de todos os desejos do seu coração, já que você não me dá esse luxo.
Continuo procurando pela sua voz, incansavelmente, loucamente e indubitavelmente em todas as vozes que me dirigem. È como se eu cavasse todos os corpos que me tocam, procurando ali, algum vestígio do nosso amor. O amor que um dia você disse que não morreria, que até quem sabe, sobreviveria as outras vidas, se é que elas existem.
Nunca disse a ninguém, mas sempre que posso, eu passo em frente ao nosso lugar sagrado, aquele que você me pediu para eu te pertencer, que você disse arrumando o meu cabelo atrás da orelha que eu e você era de verdade, pra sempre.
Talvez se eu tivesse regado melhor o nosso amor ele não teria morrido, talvez se você tivesse entendido o que eu te dizia com os olhos, nosso amor ainda estaria dentro de você. Talvez, talvez... talvez eu e você ainda estamos vivos em algum lugar, talvez eu e você ainda renasça, não sei. O amor e a vida podem me levar de novo até você, ou te trazer de vez pra mim."
Isabela Teodoro
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