Friday, June 3, 2011

Os opostos que se distraíram


"Ela era roqueira, passava lápis escuros nos olhos, tinha medo do sol, andava de tênis e todas as suas roupas eram pretas. Seus olhar era gélido tal como as suas mãos brancas e pintadas de vermelho, ela era corajosa porém sádica, irônica mas também genial. Não que ela fosse perfeita, linda e tudo mais, mas ela tinha algo anormal, surreal que a tornava fascinante.
Já ele era calmo, sorridente, piadista nato, gostava de violão - mesmo sem saber tocar - tinha amor pelos animais, gostava de músicas antigas, tinha sotaque mineiro puxado, sorrisos largos e debochados, era o mais engraçado, o mais misterioso e sensacional. Não que ele fosse um galã, mas ele era agradável aos olhos de todos e todas.
Talvez eles se amassem, talvez não. Acho que suas diferenças não os deixaram prosseguir com o romance fajuto e infantil que eles sentiam. Ela nunca contou o que sentia, ele talvez nunca sentiu para poder contar. Mas só eles sabiam o que eles sentiam quando estavam perto um do outro."

Isabela Teodoro

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